Páris, enfim, decidiu o dilema...
Entre amar Vênus e sorver Atenas
Diabo de mulher ou anjo apenas?
Ambas! Acabou-se o problema
Devorarei vossos corpos hermosos
perdendo-me no harém do vosso prazer
Beijando-as todas dos pés ao pescoço
E entre suas coxas me intrometer
Vis sedutoras, de que me acusais?
De cafajeste, ceder às beldades!
Escravo de Baco e seus festivais
Deleito no leito até a saciedade
No amar, como o mar, há naufrágios
Mas no peito, a despeito de sua dor
E da prevenção dos maus presságios
Prometeu traz a fama de sedutor
Essa comédia romântica nunca tem fim...
Sofro tanto de amores quanto causo dores
Ferem-me doces balas de festim
Como recusar-te, Vênus, o sim?
Se morro de amores, a mim levas flores
E renasço das cinzas qual arlequim!
Meditações sobre a existência por um profeta, poeta, esteta, místico, herege e epicurista carioca que a si mesmo se denomina Zarathustra.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Dilema de Páris
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